Dois amigos, Alexandre Sathle, engenheiro agrônomo, e Luis Klopper, arquiteto urbanista, uniram a experiência profissional para criar uma climatech que busca combater os efeitos das mudanças climáticas. A história começou em Valinhos, a 85 km da capital paulista, onde os empreendedores decidiram enfrentar o problema da mortalidade nas áreas de reflorestamento criando a Regen Ecossistemas. Hoje, a startup fatura entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões por ano.
Com carreiras no setor ambiental, ambos perceberam que os recursos destinados ao trabalho de reflorestamento eram limitados e que muitos projetos não alcançavam seu potencial. "Tínhamos um sonho de criar um projeto transparente, que mostrasse e garantisse que as árvores realmente ficassem vivas", comenta Klopper.
Com um investimento inicial de R$ 12 mil, a startup começou de maneira humilde, em uma garagem, equipada apenas com duas enxadas e duas cavadeiras. "No começo, não tínhamos clientes para sustentar o negócio, então partimos para o campo, testando o que funcionava na prática", lembra Klopper. Foram três anos de tentativas e ajustes para desenvolver técnicas eficientes e um modelo de negócios viável, quando em 2017 foi assinado o primeiro contrato.
Após esses anos de aprendizado, a Regen tornou-se uma climatech – startup voltada para soluções que contribuem para a neutralização das emissões de gases e o aquecimento global. “Estamos nos preparando para o mercado de crédito de carbono, que será fundamental para o futuro do setor ambiental”, destaca Sathle.
Hoje, a Regen atende empresas interessadas em mitigar seu impacto ambiental e compensar passivos ambientais. Clientes pagam pela implantação do reflorestamento e também pela sua manutenção, em uma solução que permite neutralizar emissões com um investimento de cerca de R$ 60 mil por área equivalente a um campo de futebol.
O diferencial da Regen, segundo Klopper, está na tecnologia utilizada, que envolve embalagens especiais para as mudas, adubação com calda de alga marinha e monitoramento remoto, garantindo a saúde das florestas a longo prazo.
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