Já os juros do empréstimo pessoal em bancos avançaram de 4,70% para 4,75% ao mês entre abril e maio. Ao ano, a taxa dessa modalidade de financiamento subiu de 73,52% para 74,52%. A Anefac atribuiu a alta às medidas que veem sendo implementadas pelo Banco Central para frear o consumo interno e reduzir a inflação, como a elevação dos depósitos compulsórios em dezembro de 2010.
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Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas de Salvador, Sindilojas, Paulo Motta, os efeitos das elevações das operações de crédito caem diretamente no mercado consumidor. “Isso traz um enorme comprometimento da renda do consumidor. Quanto mais a taxa de juros sobe, mais compromete a renda.
As políticas monetárias adotadas desta forma não trazem benefícios para as camadas mais pobres da população que teve nos últimos anos mais acessos a bens por conta de facilidades ao crédito. Por outro lado observamos que o lojista adota uma postura cautelar e toma cuidados na hora de conceder o crédito por recear a inadimplência, diminuindo o prazo de pagamento das prestações dos produtos”, avalia.
O presidente da Federação do Comércio do Estado da Bahia, Fecomércio, Carlos Fernando Amaral, disse que as medidas do governo adotadas para conter a inflação são consideradas louváveis, no entanto ele não considera o remédio adequado. “A elevação da taxa de juros não é bom para a atividade empresarial. O governo também acaba tendo um desembolso financeiro maior por pagar juros da dívida pública.
A intenção é evitar a inflação, mas as consequências são perigosas. A intenção é boa para abortar a inflação, só não sei se o remédio é adequado. Salvador e todo o Brasil estão registrando, por conta das medidas implementadas, esfriamento no consumo”, diz.
Tribuna da Bahia Online
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