A desconfiança sobre alguns países e alguns bancos acaba provocando um fenômeno estranho. Muitos investidores estão aceitando juros negativos, quer dizer, em nome da segurança, eles aplicam o dinheiro deles agora para receber um valor menor, no futuro.
Dinheiro a juros negativos. É como pagar para ter as economias guardadas no banco. Um tipo de aplicação cada vez mais comum no planeta em crise.
Alemanha, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos e, mais recentemente, a França, são alguns dos países para onde os investidores estão levando suas economias, mesmo sabendo que vão receber até 0,5% a menos no fim de um período de um ano ou dois. Mas, sendo assim, não seria melhor, pelo menos mais barato, guardar debaixo do colchão?
Não é mais uma questão só de lucro. É, sobretudo, uma forma de preservar o capital, explica Jean François Robin, analista econômico francês. Segundo ele, vale mais a pena perder uma pequena porcentagem com a certeza de que o dinheiro está bem guardado, do que arriscar em um país que promete altos juros, mas sem garantias.
''Isso gera medo sobre a capacidade de países em crise pagarem suas dívidas. Qualquer investidor adoraria botar seu dinheiro na Espanha ou na Itália, que pagam 5% de juros ao ano. Mas, quem garante que eles não vão falir e deixar a zona do euro?”, explica o analista.
Mesmo em países que supostamente ainda pagam juros positivos, os investidores perdem dinheiro se deixarem no banco. É o caso da Grã-Bretanha. A taxa de juros é de 0,5% ao ano. Só que a inflação anual chega a 5 %. Apesar disso, o Banco Central inglês tem registrado um aumento médio de 3% nos depósitos em poupanças nos últimos seis meses e o comércio tem amargado quedas nas vendas na mesma proporção.
Do Jornal Nacional - Globo
Dinheiro a juros negativos. É como pagar para ter as economias guardadas no banco. Um tipo de aplicação cada vez mais comum no planeta em crise.
Alemanha, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos e, mais recentemente, a França, são alguns dos países para onde os investidores estão levando suas economias, mesmo sabendo que vão receber até 0,5% a menos no fim de um período de um ano ou dois. Mas, sendo assim, não seria melhor, pelo menos mais barato, guardar debaixo do colchão?
Não é mais uma questão só de lucro. É, sobretudo, uma forma de preservar o capital, explica Jean François Robin, analista econômico francês. Segundo ele, vale mais a pena perder uma pequena porcentagem com a certeza de que o dinheiro está bem guardado, do que arriscar em um país que promete altos juros, mas sem garantias.
''Isso gera medo sobre a capacidade de países em crise pagarem suas dívidas. Qualquer investidor adoraria botar seu dinheiro na Espanha ou na Itália, que pagam 5% de juros ao ano. Mas, quem garante que eles não vão falir e deixar a zona do euro?”, explica o analista.
Mesmo em países que supostamente ainda pagam juros positivos, os investidores perdem dinheiro se deixarem no banco. É o caso da Grã-Bretanha. A taxa de juros é de 0,5% ao ano. Só que a inflação anual chega a 5 %. Apesar disso, o Banco Central inglês tem registrado um aumento médio de 3% nos depósitos em poupanças nos últimos seis meses e o comércio tem amargado quedas nas vendas na mesma proporção.
Do Jornal Nacional - Globo