O rendimento médio real da população ocupada, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, chegou a R$ 1.566,70 e é o maior já registrado para o mês de maio desde 2002, ano em que a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) começou a ser realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média dos cinco primeiros meses do ano - de janeiro a maio -, também é o melhor resultado já obtido, ficando em R$ 1.567,65. Antes disso, o maior valor para o período tinha sido de R$ 1.511,15, em 2010. “Vários fatores explicam o maior rendimento para o mês de maio da série histórica, como a transição por novas vagas de trabalho e mudanças na estrutura do mercado. Até a inflação também tem uma participação”, explicou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
“O surgimento de novas vagas, historicamente, tende a baixar o rendimento da população ocupada, exatamente por essas novas vagas pagarem menos. Então, a gente vai ter que esperar as próximas pesquisas, porque esse é um dos fatores que pode fazer cair o rendimento médio da população ocupada”, observou Azeredo. “Eu não posso dizer que a inflação teve uma influência maior no aumento dos rendimentos, mas ela tem um poder que acaba influenciando na queda ou na evolução dos valores”, complementou.