A máxima popular alerta: ‘quando a esmola é de mais, o santo desconfia’. Mas nem sempre dá para suspeitar que ofertas tão tentadoras escondem as maiores ciladas para o consumidor. E se comprar em estabelecimento físico já não é tão seguro quanto parece, a aquisição virtual requer ainda mais cuidado, já que internet é um ambiente de múltiplos riscos, entre eles, de clonagem de cartão e sites não confiáveis.
Ignorando todos os perigos, o brasileiro tem usado cada vez mais a internet para fechar negócios. Os responsáveis pelo maior número de transações virtual são os sites de compras coletivas, que prometem oportunidades irrecusáveis para economizar dinheiro na aquisição dos mais variados produtos e serviços, com descontos especiais e condições de pagamento imperdíveis.
É mesmo difícil resistir à tanta tentação. Que o diga a bancária Celeste Nascimento, que acreditou fazer um bom negócio quando adquiriu, através do Groupon, um pacote de tratamento estético, com 40 sessões, entre drenagem, corrente russa, eletropólise e ultrasson, na Clínica Plenitude do Pituba Parque Center.
Com o anúncio de R$ 2 mil por R$ 234,50, Celeste não pensou duas vezes, mas, além do desconto, ela ganhou mesmo foi muita dor de cabeça e a possibilidade de pagar por um serviço que corre o risco de não ser prestado.
“Há três dias eu tento incessantemente marcar um horário, através do número indicado na promoção, e não consigo. O telefone só dá ocupado. A partir das 19 horas, chama, mas ninguém atende. A impressão que tenho é que tiraram do gancho de propósito”, denuncia.
A equipe desta Tribuna também fez 32 tentativas ao longo de uma manhã, mas não obteve êxito na comunicação com a Clínica Plenitude. Mas, a alternância entre dar ocupado e chamar sem atender comprova que não há defeitos na linha.
“Quando achei que não ia mais conseguir, atenderam a ligação, mas, para a minha surpresa, a funcionária me informou que a pessoa responsável pela marcação não havia chegado e que ela estava atendendo um cliente, portanto não poderia agendar meu procedimento”, conta.
De acordo com a diretora de atendimento e orientação do Procon, Adriana Menezes, o serviço não se resume ao tratamento estético, mas tudo que o envolve, desde a forma como o cliente é recepcionado até a quantidade de profissionais, equipamentos e condições do ambiente onde o mesmo será realizado.
“Neste caso, o que está em jogo é todo o conjunto. E o fato do péssimo atendimento já caracteriza descumprimento de contrato. Por questão de zelo e segurança, o consumidor deveria comunicar à clínica por escrito todas as suas tentativas, informando que aguarda posicionamento da mesma para solucionar o problema estabelecido. De posse do documento, procurar o órgão de defesa para que este autue a empresa”, esclarece.
O que diz o Código de Defesa
Conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a empresa é obrigada a cumprir tudo o que está sendo ofertado, sem impor restrições de horários diferenciados nem limites de quantidade. Pelo contrário, quando se dispõe a promover uma promoção deste tipo, fica responsável por se preparar para atender a crescente demanda.
“É obrigação de a empresa prestar o serviço que se propõe. Não é por que vende mais barato que a qualidade deve cair. Os estabelecimentos têm que se dimensionar, pois não pode justificar o caos porque cresceu a procura. Não se pode oferecer o que não tem capacidade de comportar, seja em espaço físico, número de funcionários ou horários disponíveis. Outro detalhe importante é que o cliente tem que fazer a sua agenda e não ficar à mercê do fornecedor” observa.
“Por isso, orientamos ao cidadão buscar informações, com amigos ou com o próprio Procon, sobre a idoneidade da empresa e do site que ofereceu o produto, além disso, sempre pedimos para desconfiar de ofertas milagrosas, ou seja, suspeitar se não há nada de errado em comprar por R$ 200 algo que custa R$ 2 mil, e lembrar que nestes casos a procura é grande, o que acarreta diretamente na qualidade e no prazo do serviço”, completa.
Procon alerta para cuidados que devem ser cumpridos
O estudante Rodrigo Damasceno comprou um alinhamento e balanceamento para o seu veículo. Ligou para a loja e foi informado que não era necessária marcação prévia, já que o atendimento é por ordem de chegada. Ao se dirigir à loja, não conseguiu realizar os serviços porque a quantidade de clientes à espera já preenchia todos os horários, ou seja, teria que retornar outras vezes e contar com a sorte.
A diretora do Procon ressaltou a importância de observar os preços reais dos oferecidos, já que nem sempre eles condizem com a realidade. “Distorcer preços, seja para mais ou para menos é propaganda enganosa. Tem gente que diz que o valor de origem é mais alto só para o desconto parecer maior”, pontua.
Só neste ano, o Procon de Salvador já registrou 13 queixas contra sites de compras coletivas. A maioria contra o Peixe Urbano. Entre as denúncias mais comuns estão o descumprimento da oferta, da garantia ou do prazo, além de propaganda enganosa com relação ao produto ou serviço oferecido.
A orientação para evitar ciladas é que o consumidor leia todos os termos do contrato antes de concordar com a compra e fique atento aos prazos de validade. Outra dica é não confiar nas imagens postadas, pois fotos nem sempre condizem com a realidade, sobretudo, com o tamanho do objeto, devido a truques para valorizá-lo.
Tribuna da Bahia Online
Ignorando todos os perigos, o brasileiro tem usado cada vez mais a internet para fechar negócios. Os responsáveis pelo maior número de transações virtual são os sites de compras coletivas, que prometem oportunidades irrecusáveis para economizar dinheiro na aquisição dos mais variados produtos e serviços, com descontos especiais e condições de pagamento imperdíveis.
É mesmo difícil resistir à tanta tentação. Que o diga a bancária Celeste Nascimento, que acreditou fazer um bom negócio quando adquiriu, através do Groupon, um pacote de tratamento estético, com 40 sessões, entre drenagem, corrente russa, eletropólise e ultrasson, na Clínica Plenitude do Pituba Parque Center.
Com o anúncio de R$ 2 mil por R$ 234,50, Celeste não pensou duas vezes, mas, além do desconto, ela ganhou mesmo foi muita dor de cabeça e a possibilidade de pagar por um serviço que corre o risco de não ser prestado.
“Há três dias eu tento incessantemente marcar um horário, através do número indicado na promoção, e não consigo. O telefone só dá ocupado. A partir das 19 horas, chama, mas ninguém atende. A impressão que tenho é que tiraram do gancho de propósito”, denuncia.
A equipe desta Tribuna também fez 32 tentativas ao longo de uma manhã, mas não obteve êxito na comunicação com a Clínica Plenitude. Mas, a alternância entre dar ocupado e chamar sem atender comprova que não há defeitos na linha.
De acordo com a diretora de atendimento e orientação do Procon, Adriana Menezes, o serviço não se resume ao tratamento estético, mas tudo que o envolve, desde a forma como o cliente é recepcionado até a quantidade de profissionais, equipamentos e condições do ambiente onde o mesmo será realizado.
“Neste caso, o que está em jogo é todo o conjunto. E o fato do péssimo atendimento já caracteriza descumprimento de contrato. Por questão de zelo e segurança, o consumidor deveria comunicar à clínica por escrito todas as suas tentativas, informando que aguarda posicionamento da mesma para solucionar o problema estabelecido. De posse do documento, procurar o órgão de defesa para que este autue a empresa”, esclarece.
O que diz o Código de Defesa
Conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a empresa é obrigada a cumprir tudo o que está sendo ofertado, sem impor restrições de horários diferenciados nem limites de quantidade. Pelo contrário, quando se dispõe a promover uma promoção deste tipo, fica responsável por se preparar para atender a crescente demanda.
“É obrigação de a empresa prestar o serviço que se propõe. Não é por que vende mais barato que a qualidade deve cair. Os estabelecimentos têm que se dimensionar, pois não pode justificar o caos porque cresceu a procura. Não se pode oferecer o que não tem capacidade de comportar, seja em espaço físico, número de funcionários ou horários disponíveis. Outro detalhe importante é que o cliente tem que fazer a sua agenda e não ficar à mercê do fornecedor” observa.
“Por isso, orientamos ao cidadão buscar informações, com amigos ou com o próprio Procon, sobre a idoneidade da empresa e do site que ofereceu o produto, além disso, sempre pedimos para desconfiar de ofertas milagrosas, ou seja, suspeitar se não há nada de errado em comprar por R$ 200 algo que custa R$ 2 mil, e lembrar que nestes casos a procura é grande, o que acarreta diretamente na qualidade e no prazo do serviço”, completa.
Procon alerta para cuidados que devem ser cumpridos
O estudante Rodrigo Damasceno comprou um alinhamento e balanceamento para o seu veículo. Ligou para a loja e foi informado que não era necessária marcação prévia, já que o atendimento é por ordem de chegada. Ao se dirigir à loja, não conseguiu realizar os serviços porque a quantidade de clientes à espera já preenchia todos os horários, ou seja, teria que retornar outras vezes e contar com a sorte.
A diretora do Procon ressaltou a importância de observar os preços reais dos oferecidos, já que nem sempre eles condizem com a realidade. “Distorcer preços, seja para mais ou para menos é propaganda enganosa. Tem gente que diz que o valor de origem é mais alto só para o desconto parecer maior”, pontua.
Só neste ano, o Procon de Salvador já registrou 13 queixas contra sites de compras coletivas. A maioria contra o Peixe Urbano. Entre as denúncias mais comuns estão o descumprimento da oferta, da garantia ou do prazo, além de propaganda enganosa com relação ao produto ou serviço oferecido.
A orientação para evitar ciladas é que o consumidor leia todos os termos do contrato antes de concordar com a compra e fique atento aos prazos de validade. Outra dica é não confiar nas imagens postadas, pois fotos nem sempre condizem com a realidade, sobretudo, com o tamanho do objeto, devido a truques para valorizá-lo.
Tribuna da Bahia Online
O que acho ainda mais interessante é o fato de se permitirem ainda que estes sites ainda permaneçam no ar, pra mim é o mesmo que compactuar com a enganação ao consumidor...
ResponderExcluirDe que adianta existir órgão de defesa do consumidor, e em contrapartida existir estes sites que alimentam a ilusão dos e dão dor de cabeça...??