BC estima inflação em torno de 4,5% e estabilidade no preço da gasolina

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) estima um redução da inflação oficial para 4,5% em 2012, o que faria o indicador ir rumo ao centro da meta do governo.

Segundo divulgação do IBGE, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial) está em 4,99% no acumulado dos últimos 12 meses. Em 2011, a inflação fechou o ano no teto da meta, em 6,5%. A alta nos preços é uma grande preocupação do governo que tenta fortalecer a atividade econômica por meio da elevação do consumo interno e, para tanto, tem adotado medidas como o estímulo a expansão do crédito.

"A projeção para a inflação de 2012 se reduziu em relação ao valor considerado na reunião do Copom de abril e se encontra em torno do valor central de 4,5% para a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional", informa a ata da última reunião do comitê que baixou a taxa básica de juros, a Selic, para 8,5% ao ano.

A autoridade monetária estima ainda que não deve haver reajuste nos preços da gasolina e do gás de bujão, para o acumulado de 2012, como já anunciado em abril.

Para os preços das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade foram mantidas as projeções de reajuste em 1,5% e 1,3%, respectivamente.

Também foram mantidas a projeção de reajuste para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados em 4%, valor considerado na reunião de abril. Já para 2013, o reajuste deve ficar em 4,5%.

O Copom pondera, entretanto, que, embora a expansão da demanda doméstica também tenha moderado, são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica neste e nos próximos semestres.

"Essa avaliação encontra suporte em sinais que apontam expansão moderada da oferta de crédito tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, e no fato de a confiança de consumidores e, em menor escala, de empresários se encontrar em níveis elevados", diz a ata.

Para o comitê, a atividade doméstica "continuará a ser favorecida pelas transferências públicas, bem como pelo vigor do mercado de trabalho, que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários, apesar de certa acomodação na margem".

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